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Tendências do Mundo Corporativo para 2021

Atualizado: 13 de ago. de 2021

Viramos o mês de Dezembro e, se procurar, encontrará inúmeras tendências para 2021. Assim como no ano anterior, fizemos uma análise detalhada e procuramos entender, quais seriam as tendências para as empresas e para os profissionais em 2021. Ainda um ano instável, devido o COVID-19 e suas consequências econômicas, mas há luz no fim do túnel! Sempre há! Sempre há possibilidades para evoluir, criar e melhorar. Espero que gostem e vamos as tendências do mundo corporativo para 2021!


Por Wilson Ziolli

28 de fevereiro de 2021.



Quando começamos a pensar quais seriam as tendências para 2021, ainda estávamos em 2020. Como todo texto, gostamos de fazer uma longa pesquisa e em cima dos dados coletados, tecemos a nossa própria opinião. A nossa intenção não é copiar ou traduzir algum artigo, ou algum relatório. Queremos entender o contexto, as situações e assim formarmos a nossa própria ideia ou o nosso palpite! Em 2020, poucos veículos arriscavam sugerir uma tendência para 2021. Ao virar o ano, houve uma chuva de artigos falando sobre tendências dos mais diversos assuntos. No nosso caso, vamos focar no mundo corporativo, ou seja, na visão das empresas.


Após quase um ano do início da pandemia, ainda vivemos sob a presença do COVID-19 e sem data prevista para que esse período termine. Independente do olhar, o Corona vírus e suas consequências estarão no centro da questão. Dessa forma, antes de entrarmos nas tendências para 2021, vale a pena olharmos às consequências da pandemia, que mais chamaram atenção para as empresas em 2020.


Assim que a pandemia foi reconhecida, os lockdowns foram decretados, praticamente, em todos os países e, consequentemente, as pessoas tiveram, que permanecer em casa. Houve um período de “hibernação” da economia e o mundo foi obrigado a se adaptar rapidamente. O homeoffice tornou-se obrigatório para as empresas, a fim de manter os negócios ativos. Obviamente nem todas as empresas tinham condições ou estavam preparadas para atuar dessa forma. Rapidamente, as empresas tiveram que se adaptar com base num forte apoio da tecnologia. Utilização ampla de softwares de interação, como: Zoom, Meets, Teams e etc., foram essenciais para a evolução dos trabalhos e a manutenção dos negócios, acompanhado de redes em Cloud e, não esquecendo, da segurança cibernética. Esta última, por sinal, foi um dos destaques, uma vez que várias empresas estariam suscetíveis a ataques de hackers e não eram tão bem preparadas como se imaginava.


Por outro lado, como as pessoas permaneceram em casa, conseguiram dar mais atenção a temas sensíveis, como a qualidade de vida e as questões socioambientais. O vírus mostrou que a sociedade é frágil e pode ser impactada de uma forma que não se imaginava até então. O meio ambiente precisa ser melhor cuidado e os governos precisam estar mais bem preparados para prestar os serviços de saúde para a população. Por outro lado, houve uma forte demandada pelo consumo de produtos e serviços em casa, ou seja, o e-commerce e os serviços de entregas tiveram um crescimento gigantesco em um curto espaço de tempo. Acelerando uma tendência de anos, para semanas.


Todas essas consequências ainda influenciarão 2021. O “X” da questão é a vacina. Na verdade, quando teremos a maior parte da população vacinada. Claramente, já percebemos que alguns países conseguirão atingir esse objetivo antes de outros e isso, lhes dará vantagem competitiva, mesmo que não seja uma solução definitiva. Independente das discussões sobre as vacinas, o fator preponderante para se ter essa vantagem, será o momento que teremos boa parte da população vacinada. A partir desse momento, devemos ter uma fase de transição até atingirmos um estado de normalidade. Até lá, viveremos uma evolução da situação atual com momentos mais restritos e outros um pouco mais prósperos.


Olhando agora para 2021, podemos perceber que alguns temas estarão no foco das empresas, seriam estes:


· Local de trabalho;

· Inovação versus Adaptação;

· Tecnologias;

· Consumo de produtos e serviços em casa;

· Bem estar, saúde mental e qualidade de vida;

· Políticas sociais, ambientais e governança.


Esses temas irão nortear a gestão das empresas multinacionais ou não, grandes ou pequenas neste ano. Há inúmeras questões em aberto, como por exemplo, o local de trabalho. As empresas poderão manter o regime total de home office, ou retornar aos padrões pré-pandemia, ou até mesmo adotar um sistema híbrido. É certo que teremos os 3 regimes sendo utilizados, mas ainda há muita discussão sobre o melhor modelo. Questões como o bem estar do colaborador, qualidade de vida, custos, performance irão nortear essa decisão. Quem conseguir balancear melhor todos esses quesitos, conseguirá encontrar a solução ideal para o seu negócio. Claramente não será uma tarefa simples e nem óbvia, testes deverão ser realizados para que se possa encontrar a combinação perfeita do local de trabalho para cada tipo de atividade. Contudo, uma coisa podemos dizer, há uma forte tendência para o modelo híbrido, que seria de 2 a 3 dias de home office.


Outro ponto relevante seria a inovação. Ela continuará em foco, porém arriscamos dizer que com menos brilho. Na verdade, por estarmos em um momento de mercado instável, que não será curto, as inovações continuam acontecendo, porém a pandemia dita o ritmo, ou seja, se a inovação pode trazer benefícios para esse período, provavelmente, estará sendo desenvolvida em um ritmo mais acelerado. Mas, se ela não trouxer benefícios, terá sua evolução atenuada.


Por outro lado, a adaptação ou flexibilidade, que muitas vezes é confundida como inovação, estará muito mais em evidência. Um exemplo: em poucas semanas as compras pela internet cresceram abruptamente. Muitos tinham seus marketplaces, mas não estavam preparados para atender uma forte demanda. Rapidamente, tiveram que se adaptar e se preparar. Para nós clientes, parece algo simples, contudo, nem sempre é para a empresa. Por isso, vimos empresas que surfaram e outras, aproveitando a analogia, foram engolidos pela onda. A adaptação ou flexibilidade serão mais importantes neste ano do que a inovação propriamente dita. Quando falamos em inovação, falamos de produtos ou serviços, realmente, novos, disruptivos.


As novas tecnologias permanecerão em evidência, mas não tanto quanto antes, pois o foco neste momento é a manutenção dos negócios. Até a pandemia, o objetivo das novas tecnologias era a inovação, que poderia gerar um novo modelo de negócio, um negócio disruptivo. Hoje, o foco é o suporte as operações in house e a flexibilidade de atuação. Redes em Cloud, sistemas operacionais robustos e rastreabilidade dos dados são essenciais para a sobrevivência da empresa. Outro ponto que se tornou e continuará sendo de extrema importância, é a segurança cibernética. Muitas empresas achavam que possuíam sistemas maduros e preparados para ataques cibernéticos, porém a pandemia mostrou que não, que a maioria possui um sistema frágil. A busca por sistemas mais preparados para esses ataques é uma das prioridades para este ano. Não podemos deixar de destacar que temas como 5G, pagamento virtual, robótica, IA e automação, permanecerão sendo notícia e no foco das empresas.


Já falamos de trabalho em casa, tecnologias e sobre adaptação/inovação. Mencionamos, também, os marketplaces. Sem dúvida este tema está na pauta de muitas empresas, independente do seu porte. A busca por produtos e serviços pela internet deverá permanecer no período pós pandemia. Dessa forma, as empresas continuarão a intensificar seus esforços para um e-commerce mais eficiente e com mais assertividade. A maior parte dos clientes querem ser atendidos com qualidade, pagando um preço justo. Estes fatores são essenciais para a fidelidade do cliente. Com isso, as empresas precisam melhorar a qualidade de entrega, política de devoluções, eficiência na entrega e diversificação de portfólio.


Logo, como consequência, a aquisição ou fusão de empresas está em alta. Empresas que complementem os produtos ou serviços, ou que gerem aumento de mercado estão no alvo. Vamos dar mais um exemplo: o Mercado Livre. Até então, um portal de negócios de compra e venda de produtos novos ou usados. Hoje, cada vez mais uma empresa de logística. O mesmo acontece com a Magalu. Antes uma empresa de varejo, que se tornou um marketplace e, hoje, aumenta a sua participação na área de logística. A verticalização das atividades será uma tendência nas empresas, uma vez que há empresas boas sem folego para aguentar as novas ondas da pandemia. Estas poderão ser adquiridas por empresas mais sustentáveis economicamente.


O próximo passo é falarmos dos profissionais e isso engloba todos os níveis. A migração para o home office possibilitou a todos o seguinte entendimento: 1. É possível a empresa atuar 100% em home office; 2. As pessoas não perdem mais tempo no deslocamento e podem aproveitar melhor esse período, tendo mais qualidade de vida; 3. A convivência com os colegas é importante, assim como, a presença física. Os gestores terão que quebrar a cabeça para encontrar o perfeito equilíbrio entre estes 3 pontos e isso dependerá da particularidade de cada empresa. A possibilidade de mais de um dia de home office e tempo para meditação, por exemplo, são sistemáticas que estão sendo adotadas pelas empresas e deverão ser mais exploradas durante esse ano, assim como outras iniciativas, que promovam o bem estar. Contudo, fica uma alerta, a empresa precisa incorporar esses conceitos e não apenas estabelecer essas ações como mais uma iniciativa ou atuar de forma paliativa. A descrença se torna um forte aspecto desmotivador e, portanto, não favorece o rendimento dos colaboradores. O ambiente positivo e colaborativo deverá existir, mesmo em home office, com o intuito de melhoria de performance e, principalmente, integridade mental dos colaboradores. Isso não é uma tarefa simples e nem a ser realizada em curto prazo. Trata-se de uma alteração de cultura e postura, que nem todas as empresas estão preparadas ou dispostas a encarar.


E, por último, as preocupações sociais, ambientais e de governança. Há anos, que ouvimos falar nestes 3 pontos, mas agora ele aparece de forma mais forte. Tanto que vem direcionando o mercado, talvez, mais capitalista de todos, o mercado financeiro. Provavelmente, vocês já ouviram falar nas diretrizes ESG (Environmental, Social and Governance). Caso não, são premissas que norteiam os grandes investidores a aplicarem somente em empresas praticantes destas diretrizes. Se cada vez mais, vemos os investidores preocupados com estes temas, mais empresas irão se preocupar, como consequência. Além disso, um melhor equilíbrio socioambiental terá que ser encontrado. A pandemia mostrou como empresas e governos terão que se adaptar e direcionar mais esforços para estes pontos. A eleição de Joe Biden demonstrou uma nova conduta com os temas socioambientais e os USA devem retomar as discussões globais sobre estas questões. Isso inclui, além do meio ambiente, a diversidade em todas as suas vertentes. As empresas não poderão mais ter uma postura passiva sobre estes temas. Ela deverá ser mais ativa, ou seja, uma fomentadora da igualdade de gênero, racial, entre outros. A TIM, por exemplo, criou um comitê de assessoramento do conselho administração da companhia no Brasil para questões ESG. Este movimento será visto em boa parte das empresas neste e nos próximos anos.


Dificilmente as empresas conseguirão evoluir rapidamente com relação a todas estas tendências em 2021, porém as que conseguirem agir, terão uma chance maior de ser bem sucedidas. Estamos em um momento único da humanidade, que não passará tão rapidamente. Há muitas oportunidades e a flexibilidade, tanto nos negócios quanto na gestão, será fator ímpar de sucesso. O futuro pós pandemia ainda está muito incerto, algumas práticas atuais não devem permanecer, porém outra deverão ser adotadas, surgindo assim uma nova maneira de trabalhar e de fazer negócios.


Desejamos um excelente 2021 a todos! Se cuidem!


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